sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

VALIDO

Muitos de vocês devem ter reparado uma inscrição na barra das camisas dos jogadores do Flamengo, na partida de quarta-feira contra o Friburguense: #valido100.
Para quem não sabe o motivo, explico.
Amanhã, 31 de janeiro de 2014, Valido completaria 100 anos de idade, se fosse vivo. Mas quem foi Valido?
Agustín Valido, argentino de nascimento, foi jogador de futebol e atuou no Flamengo, de 1937 a 1945, marcando 45 gols. Valido fez parte de uma época que ficou conhecida como Platinismo Rubro-Negro. Durante anos a fio, 37 a 40, a equipe rubro-negra desfilava jogadores argentinos, como se, para ser considerada uma equipe de ponta, o clube tivesse que, necessariamente, contar com os hermanos. E nem se diga que o Flamengo não tinha ídolos, afinal, naquela época vestiram o manto sagrado, nada menos que Leônidas da Silva e Domingos da Guia.
Mas o platinismo é um fato facilmente explicável pela ‘freguesia’ da Seleção Brasileira perante a Argentina. Marcel Pereira, em A Nação – Como e por que o Flamengo se tornou o clube com a maior torcida do Brasil, afirma que até 1941 o Brasil tinha vencido apenas 7 das 25 partidas disputadas, enquanto que a Argentina vencera 14, isso sem falar nas goleadas. Outros famosos argentinos vestiram o manto sagrado, dentre eles Raimundo Orsi, argentino naturalizado italiano que conquistara, com a seleção italiana, o título de campeão da Copa do Mundo de 1934 e se tornou o primeiro campeão mundial a vestir a camisa do Flamengo.
Mas por que Valido foi lembrado no ano de seu centenário?
Bem, essa, talvez, seja a história que, de fato, deu início à rivalidade entre Flamengo e Vasco, rivalidade essa que dura até hoje.
O ano era 1944. O Flamengo era bicampeão estadual e lutava pelo primeiro tri de sua história. Valido tinha feito parte dos dois primeiros títulos e, em 44, havia disputado, apenas, o torneio início, no comecinho do ano. Um belo dia, Valido, já aposentado, foi até a Gávea pedir emprestado o campo para uma pelada com os empregados de sua gráfica. O clube atendeu o pedido e, no dia da pelada, Flávio Costa, então técnico do Flamengo, e que perderia, em pleno Maracanã, a final da Copa do Mundo seis anos depois, viu Valido jogando e o convidou para retornar ao time.
Valido jogou os dois últimos jogos, incluindo o decisivo contra o Vasco e foi nessa partida que entrou para a história do clube, marcando o gol do título do tricampeonato, de cabeça. Para muitos vascaínos, o gol foi irregular porque Valido teria se apoiado em Argemiro, zagueiro cruzmaltino. Como disse Ary Barroso à época (referência colhida em A Nação): “O ideal de uma vitória sobre o Vasco para decidir campeonato é Flamengo 1 a 0 e gol feito com a mão, todo mundo vendo, inclusive o juiz, porque se o juiz não visse não tinha graça nenhuma”.
Fato é que a homenagem feita a Valido foi e é muito justa. Ponto para a diretoria do Fla e parabéns a Valido, nascido a 31/01/14, 1914.
Sds
E.G.M FC

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

VELHO HÁBITO

Reproduzo aqui, ipsis literis, o post do blog do Juca Kfouri, a quem, mais de uma vez, citei aqui como tendo opinião coerente. O título original do post é "Como já dizia o Mestre Armando Nogueira". Segue a nota:
 
'Como nestes tempos de paixão cega se lê muita sandice e afirmações de quem nem sabe do que está falando, reproduzo abaixo uma nota de mestre Armando Nogueira, enviada por gentil leitor.
 
A nota é do “Jornal do Brasil” de 26 de agosto de 1971 e serve àqueles tricolores que aqui vieram se queixar de que não se fazem mais Armandos, Saldanhas e Nelsons Rodrigues (para quem toda unanimidade era burra, assim como a do STJD…):
 
“O Fluminense é o único clube brasileiro para o qual o jogo não termina com o derradeiro apito do juiz: um olho na bola outro na lei, ele descobre sempre que o adversário escalou alguém irregularmente e acaba ganhando os pontos. Agora é o Ceará que, parece, vai entregar ao Flu os pontinhos da vitória de domingo passado”.
Reproduzo o texto do mestre sem os circunflexos de então em jogo, olho e ele apenas para, ao menos, pingar os 'is' na ignorância dos fanáticos.'
 
 
Pois é...
 
Sem mais para o momento.
 
Sds,
 
E.G.M. FC

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ENGLISH FOOTBALL

Parei para ver o jogo Chelsea x Manchester United, ontem à tarde.
Os Red Devils ainda estão buscando uma identidade, após a saída de Sir Alex Ferguson, o que é absolutamente normal, principalmente após 28 anos de uma relação vencedora e de sucesso. Some-se a isso o fato de que Rooney e Van Persie estão contundidos, o que sobra é um time ainda sem o padrão e a força que o caracterizou nos últimos anos.
O Chelsea não tem nada com isso e apresentou um futebol competitivo, rápido e de muita marcação, bem ao estilo Mourinho. Aliás, olho no Chelsea. Para mim, apesar de estar em terceiro (49), atrás de Manchester City (50) e Arsenal (51), é favorito para o título da Premier League.
Mourinho completou 100 vitórias ontem na Premier League (3x1 no United). O fato curioso é que a primeira vitória, em 2004, também ocorreu contra o mesmo Manchester United. Além disso, Mourinho permanece invicto no Stamford Bridge, casa do Chelsea. Impressionante.
O futebol inglês volta a estar em alta. Além de um campeonato nacional competitivo, como há muito não se via, na Liga dos Campeões, o país voltou a ter 4 representantes nas oitavas de final da Liga dos Campões, o que não acontecia desde a temporada 2010/11.
Mas a vida de Manchester City, Manchester United, Arsenal e Chelsea não será nada fácil.
O City, que vem praticando talvez o melhor futebol da Premier League, encara, logo de cara, o Barcelona, que já tem Messi de volta e deverá ter Neymar, recuperado de lesão, no dia 18/02, em Manchester.
Se, por um lado, o Barça de hoje (de Tata Martino) não é mais o Barça dos últimos anos, ainda é o Barça e ainda tem Iniesta, Xavi, Neymar e Messi. Será jogo duro para o City, mas é uma grande chance de os Sky Blues  se firmarem de uma vez como um dos grandes europeus (imagina só derrotar e eliminar o Barcelona nas oitavas da Champions League!).
O Man United tem, em tese, o jogo mais fácil entre os quatro ingleses. Enfrentará o Olympiacos da Grécia. Mas os Red Devils não vêm em boa fase, ocupam apenas o sétimo lugar da Premier League e têm que rezar para Rooney e Van Persie voltarem ao time com urgência. Além disso, Chicharito Hernandez não pode ficar de fora do time.
Os rivais de Londres também não terão vida fácil.
O Chelsea pega o perigoso Galatasaray, da Turquia, dos não menos perigosos Drogba e Sneijder, enquanto que o Arsenal, mais uma vez prejudicado pelo sorteio, encarará o atual campeão e time sensação do momento, o Bayern de Munique.
Meus palpites? Passam três dos quatro. No momento, por merecimento, Arsenal, Man United e Man City mereciam estar entre os oito melhores da Europa, mas não creio que o trio será esse. No lugar do Arsenal, que deverá sucumbir ao Bayern, entra o Man United que deverá passar pelo Olympiacos.
That's it! Cheers, fellas!
Sds
E.G.M. FC

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

FIFA BALLON D´OR

Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor do mundo em 2013. E ele foi o melhor do mundo em 2013.
 
O francês Ribery até que teve um ano muito bom, tendo sido decisivo na conquista dos três títulos obtidos pelo Bayern de Munique (campeão alemão, da Copa da Alemanha e da UEFA Champions League, isso sem contar o Mundial de Clubes, que ele não jogou).
 
Lionel Messi, por sua vez, teve um ano atípico para seus padrões, batendo ponto, com muito mais frequência, no departamento médico.
 
Achei a escolha do CR7 muito merecida. O que ele fez nos dois jogos de Portugal contra a Suécia é o que separa os homens dos meninos.
 
Não tenho dúvidas de que, embora tenha tido um ano fantástico, anotando 69 gols em 2013, CR7 conseguiu superar Messi pelo que fez na repescagem das eliminatórias da Copa do Mundo. Para quem não se lembra, ele fez o gol da vitória de Portugal em Lisboa e os três da vitória em Estocolmo. Isso logo após a gravação de uma entrevista realizada na Universidade de Oxford ter revelado ao mundo que Joseph Blatter preferia o argentino.
 
Muitos já diziam que a quarta bola de ouro do argentino já deveria ter sido dada ao português.
 
Não sei.
 
Uma coisa eu sei e vou repetir (o que não significa que concordo inteiramente) o que ouvi em Lisboa em outubro passado, quando lá estive: o Messi só é o Messi porque joga no Barcelona, mas o CR7 é o CR7 em qualquer clube.
 
É verdade que o português ganhou a primeira bola de ouro quando ainda jogava no Manchester United (2008), o que é ponto a favor dele.
 
O que posso dizer é que ele é idolatradíssimo em Madri. Tive a chance de ver um hat trick do gajo no Santiago Bernabeu! Sensacional! A torcida o ama. Ele é o cara, mesmo! E joga muita bola.
 
Ter ficado tantas vezes como vice de Messi, ter visto tantas vezes o Barcelona sair-se vencedor sobre o Real nos últimos anos (incluindo eliminação na Champions e um 5 x 0 em pleno Santiago Bernabeu), ter visto o Barcelona ter se tornado o queridinho da mídia internacional, enquanto o Real era vaiado onde jogava, ter sido dirigido por José Mourinho (sendo seu compatriota), sendo este, para dizer o mínimo, um cara não muito querido no meio, fez dessa conquista algo bem especial, o que ficou muito claro pelo choro dele quando recebeu o prêmio.
 
Acho que o Messi continua sendo votado pelo conjunto da obra. O Ribery jogou mais do que Messi em 2013 e ficou atrás dele na votação. E ainda foi campeão da Champions, campeão alemão e campeão da Copa da Alemanha.
 
2014 será um ano complicado porque quem não fizer uma boa Copa do Mundo já sai atrás.
 
Era o que me cumpria comentar, por ora.
 
Sds,
 
E.G.M. FC
 
 
 
 
 
  
 



 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

LIMINAR

Transcrevo, abaixo, a decisão proferida pela 42ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, que concedeu liminar na ação proposta por Luis Paulo Pierucetti Marques contra a CBF.

A decisão, apenas para esclarecer, é liminar, ou seja, determina que os pontos sejam devolvidos ao Flamengo até o julgamento final da ação, sem enfrentar o mérito. A medida foi concedida 'considerando o perigo de dano irreparável' que seria, exatamente, o rebaixamento do Fla, caso a Portuguesa recupere os pontos, notícia que vem sendo veiculada nos últimos dias.

É claro que a CBF vai recorrer e não acho que esta decisão será mantida. No entanto, se o MP entrar nessa briga, em prol de Flamengo e Portuguesa, (ao que parece, já instaurou inquérito para apurar responsabilidades no caso da Portuguesa) aí sim, haveria uma grande possibilidade de se restaurarem as colocações obtidas no campo, com o Flu rebaixado e a Portuguesa na primeira divisão.

A pergunta que não quer calar... O Flamengo foi reconhecido campeão brasileiro de 1987 (dividindo o título com o Sport). O clube pernambucano, por sua vez, obteve na justiça decisão que determinava à CBF o não reconhecimento. Pois bem. A CBF não recorreu dessa decisão. Simplesmente acatou e disse que 'faz o que a justiça mandar'. Pois que faça agora também! Infelizmente, já li que o Sr. Carlos Eugênio Lopes, procurador da CBF, vai recorrer de toda e qualquer decisão.

Pois é. Estamos no Brasil... Segue a decisão!

Sds,

E.G.M. FC

 

“Vistos. Aceito a competência, que decorre da incidência do Estatuto do Torcedor no caso em questão. Verifico, por proêmio, que a pertinência subjetiva ativa é regular, na medida em que se encontra, como é cediço, esgotados os recursos nas instâncias da justiça desportiva; cuidando-se, o autor, de sócio laureado e torcedor do Clube de Regatas do Flamengo (fls. 19) - artigo 34 do Estatuto do Torcedor. A passiva, por sua vez, decorre da responsabilidade da ré pelas decisões proferidas pela Justiça Desportiva, que integra a sua estrutura de organização (art. 1o. do RISTJD). Colocada a questão nestes termos, passo a decidir o requerimento de concessão da antecipação de tutela. A medida, a meu aviso, deve ser concedida. Destarte, pelo que se vê da arguição inicial, a decisão proferida pela justiça desportiva - que aqui se discute - desrespeitou o disposto no artigo 35, "caput" e parágrafo 2o, do Estatuto do Torcedor, na medida em que não verificou com correção a data em que foi publicada a suspensão do atleta André Santos. Efetivamente, a data da publicidade da referida decisão se deu em momento posterior ao jogo contra o Cruzeiro, conforme demonstrado na exordial e documentos (fls. 67 p.ex.), de forma que o referido atleta estava em condições regulares para participar da partida da "entrega das faixas". Em sendo assim, a punição imposta referente à perda de pontos e cobrança de multa é irregular e merece, portanto, ser suspensa até decisão final do processo. De se anotar, ainda, que a regra do artigo 35 do referido estatuto não pode ser alterada, modificada ou revogada pelas normas administrativas da entidade ré e nem mesmo pelas decisões da justiça desportiva. Explica-se: a incidência do princípio da hierarquia das leis impõe tal conclusão, já que o Estatuto do Torcedor é lei federal e se sobrepõe às regras administrativas supramencionadas. Além disso, a discutida regra do artigo 35 não está inserida na referida lei por acaso. Com efeito, a publicidade dos atos é marco inicial de ciência dos interessados para que cumpram a decisão proferida e do prazo para a interposição de recursos. Assim sendo, diante do desrespeito ao Estatuto do Torcedor, de rigor reconhecer a verossimilhança. O dano irreparável, por sua vez, decorre da possibilidade de rebaixamento do Clube de Regatas do Flamengo, já que se mostra viável a modificação pelo Poder Judiciário da decisão que atingiu a Portuguesa de Desportos. E o rebaixamento traria prejuízo financeiro imediato com a diminuição de cota de televisão e patrocínios. Posto isso, presentes os requisitos legais, concedo a antecipação de tutela e o faço para suspender os efeitos da decisão proferida pelo STJD em relação ao Clube de Regatas do Flamengo, com o restabelecimento dos 4 (quatro) pontos que lhe foram retirados quando do debatido julgamento realizado em 27 de dezembro do ano passado. Oficie-se com urgência. Cite-se. Intime-se. NOTA DE CARTÓRIO: Oficio expedido e disponivel para impressão. Advogados(s): Ana Maria Della Nina Esperança (OAB 285535/SP)

 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SIX NATIONS

Rapidinha sobre o Rugby:
 
O RBS Six Nations é o torneio realizado, anualmente, entre Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda, Itália e França.
 
O sistema de disputa é muito simples. Jogam todos contra todos, em turno único, com mando de campo invertido de um ano para o outro. Ou seja, se a Inglaterra jogou contra a Escócia em casa em 2013, jogará fora em 2014 e, assim, sucessivamente.
 
A maior particularidade é que não contam com os All Blacks, o temido e imbatível time da Nova Zelândia, além, é claro, de outras boas e tradicionais equipes como Austrália e África do Sul.
 
Ano passado, venceu o País de Gales. Em 2011, estive no Millenium Stadium, estádio onde a equipe manda seus jogos. É impressionante como eles respiram rugby, ficando o futebol para o segundo plano. 
 
Aliás, os galeses, assim como todos os fãs do rugby, ignoram o aspecto violento do esporte e afirmam que "o rugby é um jogo de trogloditas jogado por cavalheiros, enquanto que o futebol é um jogo de cavalheiros, jogado por trogloditas". 


Algumas curiosidades valem ser citadas a respeito do Six Nations.

As equipes participantes travam duelos particulares (que valem taça) dentro da própria competição.

Por exemplo:

A Calcultta Cup (a mais antiga de todas) é disputada desde 1879 entre Inglaterra e Escócia. 

O Millennium Trophy, por sua vez, é jogado entre Inglaterra e Irlanda, desde 1989.

França e Itália disputam o Giuseppe Garibaldi Trophy, desde 2007.


Outra curiosidade são as marcas atingidas por cada equipe.

O chamado Grand Slam é concedido para a equipe que vencer todos os jogos.

O back-to-back Grand Slam ocorre toda vez em que uma mesma equipe vence todas as partidas em anos consecutivos.

O Triple Crown é um 'título' concedido sempre que um dos países que fazem parte das Ilhas Britânicas vence os outros três (Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales).

Enfim, para quem gosta são sempre partidas interessantes e disputadas. No Brasil, a ESPN transmite. Abaixo, a tabela que já está divulgada no site da BBC de Londres. Os horários (ainda não confirmados) são UK time, portanto, no Brasil, os jogos serão mais cedo.

Por fim, até para que este post tenha alguma  coisa a ver com futebol, vale lembrar que os primórdios (final do século XIX e início do século XX, até 1905, 1906) do esporte bretão lembram bastante a prática do rugby.

É que os primeiros praticantes do futebol não tinham o hábito de passar a bola, priorizando o dribbling e atacando o adversário com uma linha de cinco, às vezes seis jogadores. Reza a lenda que os escoceses (e não os ingleses) tiveram a ideia de passar a bola para um jogador mais livre, ao invés de tentar driblar. Os primeiros esquemas táticos do futebol, inclusive, eram formados por cinco atacantes, três jogadores no meio e apenas dois defensores.

Bem, segue a tabela e bons jogos!

Sds

E.G.M. FC
 
Saturday 1st February 2014                                                                   
RBS 6 Nations Championship
Wales v Italy 14:30
France v England 17:00

Sunday 2nd February 2014

RBS 6 Nations Championship
Ireland v Scotland 15:00

Saturday 8th February 2014

RBS 6 Nations Championship
Ireland v Wales 14:30
Scotland v England 17:00

Sunday 9th February 2014

RBS 6 Nations Championship
France v Italy 15:00

Friday 21st February 2014

RBS 6 Nations Championship
Wales v France 20:00

Saturday 22nd February 2014

RBS 6 Nations Championship
Italy v Scotland 13:30
England v Ireland 16:00

Saturday 8th March 2014

RBS 6 Nations Championship
Ireland v Italy 14:30
Scotland v France 17:00

Sunday 9th March 2014

RBS 6 Nations Championship
England v Wales 15:00

Saturday 15th March 2014

RBS 6 Nations Championship
Italy
v
England
12:30
 
Wales
v
Scotland
14:45
 
France
v
Ireland
17:00

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

EUSÉBIO

Eusébio da Silva Ferreira, atacante português, nascido em Moçambique (que, à época, ainda era colônia de Portugal, razão pela qual Eusébio adquiriu a dupla nacionalidade) no dia 25.01.1942.

Não vi Eusébio jogar ao vivo, já que seu auge durou do início da década de 60 até meados da década de 70 (este que vos escreve nasceu em 1976) quando uma contusão no joelho o impediu de prosseguir com a carreira (Eusébio deixou o Benfica em 1975 para jogar no soccer americano). Pelo vigor físico e estilo de jogo, certo é que poderia ter jogado bem mais.

De qualquer forma, a história e os números construídos por Eusébio são impressionantes.

Nos 15 anos em que ficou no Benfica (1960-1975), conquistou 11 títulos da Liga Portuguesa (Campeonato Nacional) e 5 títulos da Copa de Portugal. Além disso, sagrou-se campeão europeu em 1962, derrotando, por 5x3 e de virada, o poderoso time do Real Madrid que era Pentacampeão europeu e que, dentre outros, tinha Puskas (que fez os três gols do Real) e Di Stéfano. Ainda foi eleito o melhor jogador do ano na Europa em 1965.

Eusébio marcou 733 vezes em 745 partidas (média de 0,98 gols por jogo). Se consideramos somente os gols reconhecidos pela FIFA, o Pantera Negra (apelido que ganhou após a célebre partida Coréia do Norte 3 x 5 Portugal, na qual conduziu os portugueses a uma virada que, até os dias de hoje, é considerada a mais fantástica de todas as Copas) marcou impressionantes 679 gols em 678 jogos (média superior a 1 gol por jogo).

Sua média de gols é superior a de Zico (826 gols em 1180 jogos, média de 0,7 gols por jogo), Romário (904 gols em 1117 jogos, média de 0,8 – o Baixinho fez mais 98 em jogos festivos e/ou divisões de base que não estão aqui considerados) e mesmo Pelé (1285 gols em 1375 jogos, média de 0,93 gols por partida).

Pela seleção, marcou 41 gols em 64 jogos (média de 0,64 gols por jogo).

Para se ter uma ideia, Cristiano Ronaldo tem, atualmente, 650 jogos como profissional e marcou 398 vezes (média de 0,61 gols por jogo). Pela seleção, CR7 tem 47 gols e já é o maior artilheiro, juntamente com Pauletta, mas precisou de 106 partidas para atingir a marca de Eusébio (CR7 chegou aos 47 gols em 109 jogos, média de 0,43 gols por jogo).

Outras proezas foram alcançadas pelo Pérola Negra: ele marcou 32 gols em 17 jogos seguidos e, em três oportunidades, obteve um “double hat trick” marcando 6 gols em uma única partida.

Embora Eusébio tenha jogado sua última Champions League no ano de 1973, e feito seu último gol a 24 de outubro daquele ano contra o Újpest da Hungria (time que chegaria à semifinal contra o Bayern de Munique) no Estádio da Luz, Eusébio ainda é, 40 anos depois, o oitavo maior artilheiro da competição com 46 gols.

Em competições europeias, Eusébio marcou 57 vezes em 75 jogos, marca que CR7 só igualou após 101 jogos.

Eusébio foi craque, na essência da palavra. Tanto que foi o único, a jogar à mesma época de Pelé, a ser, de fato, comparado com ele.

Dizem que a Copa de 1966, na qual Eusébio se sagrou artilheiro com 9 gols, 2 deles marcados contra o Brasil, foi uma vingança pela derrota imposta pelo Santos ao Benfica, na final do Mundial interclubes de 1962, vencida pelo time da Vila Belmiro em dois jogos, o primeiro no Maracanã, em 19/09/1962, por 3x2 e o segundo, em pleno Estádio da Luz, por 5x2, no dia 11/10/1962.

Vingança ou não, Eusébio colocou Portugal em outro patamar após a Copa de 1966 (a primeira que Portugal disputou) e, por tudo o que fez, merece sempre todas as homenagens.

Dá para imaginar o jogaço que está rolando lá no céu:

Time A: Sepp Maier (Gilmar); De Sordi, Bobby Moore e Nilton Santos; Didi e Bozsik; Czibor, Kocsis, Hidegkuti, Puskas e Giuseppe Meazza (Duncan Edwards). Técnico: Rinus Michels, auxiliado por Alf Ramsey.

Time B: Yashin (Zé Carlos); Djalma Santos, Domingos da Guia e Obdulio Varela (Mauro); Geraldo e Zizinho; Garrincha, Sócrates (Schiaffino), Dida (Mazzola), Leônidas e Eusébio (Denner). Técnico: Telê Santana, auxiliado por Cláudio Coutinho.

Jogo narrado por Waldir Amaral (indivíduo competente!), com comentários de João Saldanha, Mário Filho, Armando Nogueira e Nelson Rodrigues.
 
Valeu, Eusébio!

Sds

E.G.M. FC